13/10/11

Artesanato - Não é que funciona mesmo!



Um dos meus mais antigos artigos neste blog tem como título “Kala Uenda”! Sei que esta palavra é desconhecida para maioria das pessoas que intencional, ou, acidentalmente chegaram até aqui, mas também sei que uma boa parte já deve ter ouvido, embora os mais jovens talvez não tenham tido interesse em procurar o significado. Bom, como já disse “Kala Uenda” não é palavra nova aqui no Sou de Malanje, pelo que quem estiver interessado pode rever nas mensagens antigas.

“Então, porque raio voltou escrever se não é intenção dar explicações sobre o provérbio?” Aí está o X da questão. Na verdade quero falar de como o artesanato pode ajudar Malanje a crescer, entretanto, só pensei nisso depois que saí de Malanje e fui ver outros lugares onde isso acontece. Mas vamos falar da nossa realidade, no meu livro (ainda não lançado) Kibonga, falo sobre “uma Malanje” fictícia onde em pouco tempo tudo melhorou graças ao aparecimento de um fenômeno que mudou completamente os olhos do mundo em relação à província. Mas não vem ao caso agora.

Vamos ao ponto: Já teve em casa uma daquelas vassouras feita de capim? E um luando ou esteira? Já utilizou “pau de aranha”. Pois bem, vou usar estes três exemplos e talvez acrescentar a Marimba que por sinal também é fabricada em Malanje e dizer que se promovermos estes produtos podemos acelerar a sua compra, conseqüentemente, aumentar a sua produção, fazendo com que os nossos visitantes não saiam de Malanje de “mãos vazias”, e as famílias tradicionalmente artesãs não fiquem de “mãos abanadas”. Pense que partindo deste ponto de vista os artesãos vão precisar de mão de obra para dar conta da demanda ao que os mais jovens serão convocados e assim deixarão de praticar acções que talvez não fizesse bem a própria sociedade. Diminuiria o numero de famílias passando fome e daria a oportunidade àqueles que não vão à escola por falta de dinheiro, que vejam seus problemas minimizados. Difícil? Mais uma vez digo: Kala Uenda!

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